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São uma tradição de longos séculos no Alentejo. Usadas inicialmente pelos pastores para se protegerem do frio, as mantas alentejanas foram, com o tempo, tornando-se peça essencial dos bragais da região. Declinam-se nas versões manta de trabalho, simples ou de riscas; e manta grave ou de enfeite, mais decorativas e muito valorizadas socialmente. Hoje, utilizadas como colchas e mantas ou até tapetes, graças às suas magníficas combinações de cores e padrões, são ainda cobiçadas por muitos coleccionadores. A Fábrica Alentejana de Lanifícios de Reguengos de Monsaraz descende de uma outra, mais antiga, fundada em finais do séc. XIX. Ganhou medalhas em exposições internacionais nos anos 50 e, desde 1975, está nas mãos dedicadas e empreendedoras da holandesa Mizette Nielsen. Com lã portuguesa e em teares antigos semi-manuais, é a última fábrica a fazê-las. E em Lisboa e no Porto, A Vida Portuguesa é a única loja a vendê-las.